Messi sai do armário e diz: sou gay


Na semana em que o governo do Rio lançou campanha contra a homofobia, veio de Natal, no Rio Grande do Norte, um exemplo de muita coragem. O goleiro Messi, do Palmeira (Rio Grande do Norte), ganhou as manchetes por assumir ser gay. No lugar do preconceito, o jogador conquistou patrocínios para o clube da cidade de Goianinha, a 50km de Natal. Ele se transformou no único jogador de futebol profissional de Brasil a bancar diante dos torcedores a sua homossexualidade.
"Muita gente condena, tem preoconceito e acha que ser gay é pouca vergonha, doença ou desvio de caráter. Mas o homossexualismo nasceu comigo", disse Messi, que é ídolo do time da Segunda Divisão do Rio Grande do Norte.

A cidade dele já sabia sua opção sexual há quatro anos, mas somente agora espalhou para geral.

A publicação questionou qual seria a decisão que os clubes tomariam caso um de seus jogadores assumisse ser homossexual. A maioria dos dirigentes afirmou que não haveria problemas caso isso acontecesse.

Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol do São Paulo, foi uma das exceções. “Eu aconselharia a não assumir nada. O futebol é o esporte coletivo de mais público, que gera mais paixões, e com certeza a torcida não aceitaria. Seria pior para o jogador”, afirmou o dirigente.

Já Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Vasco, recomendaria alguns cuidados. “Não adianta ser hipócrita. Não proibiria o jogador de falar, nem excluiria do elenco, mas alertaria sobre os riscos para diminuir o sofrimento. Essa barreira está sendo quebrada em vários setores”, comentou.

Marco Antonio Monteiro de Almeida, presidente do Grêmio Prudente, acredita que em algumas regiões a aceitação seria mais fácil. “Discriminação é crime. Se tiver um caso aqui, não tomaremos medida. Só acho que no Nordeste é mais fácil se assumir. Em São Paulo, no Rio, pela rivalidade, os adversários vão tirar ele do sério”, opinou.

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